O volume físico das exportações globais de café atinge 72,78 milhões de sacas de 60 kg no acumulado no período de outubro de 2019 a abril de 2020, totalizando um volume físico equivalente a 72,78 milhões de sacas, o que representa uma queda de 3,8% em relação às vendas ao exterior no mesmo período anterior. Nesse mesmo comparativo de sete meses, as exportações dos cafés da espécie arábica somaram 45,26 milhões de sacas, total que corresponde a uma queda de 7,7%, e as de canéfora (robusta), que tiveram um incremento de 3,3%, totalizaram 27,52 milhões de sacas de 60kg.
No contexto global das exportações de café, no acumulado dos
mesmos sete meses, verifica-se que as exportações da África, como um todo,
somaram 7,66 milhões de sacas, volume que aponta um crescimento de 7% se
comparado com o mesmo período do ano passado. Especificando esta análise para
os países exportadores africanos, a Etiópia vendeu ao exterior 2,04 milhões de
sacas, o que representou um acréscimo de 19,2%. Em relação à Uganda, no período
comparativo em análise, as exportações aumentaram 19,6%, ao atingir volume
físico correspondente a 2,93 milhões de sacas de 60 kg. E, por fim, as
exportações de café da Costa do Marfim diminuíram 3,8%, ao totalizar 953 mil
sacas no período.
As exportações da Ásia & Oceania aumentaram 0,6% e atingiram
um volume físico correspondente a 23,62 milhões de sacas de 60 kg nos sete
primeiros meses em destaque, com base no ano-cafeeiro da Organização
Internacional do Café (OIC), que compreende o período de outubro a setembro.
Assim, em relação às exportações da Ásia & Oceania, especificamente do Vietnã, segundo país maior produtor e exportador de café do planeta, nos sete primeiros meses do ano cafeeiro de 2019/2020, estão estimadas em 16,4 milhões de sacas, volume que representará um ligeiro decréscimo de 1,1% em relação ao mesmo período anterior. Com relação à Indonésia, no mesmo período, suas exportações tiveram um aumento expressivo de 43,5% e totalizaram 3,63 milhões de sacas. Por fim, nesta importante região produtora e exportadora de café, destaca-se a Índia que, nos citados sete meses, exportou 2,91 milhões de sacas, volume que representou uma redução em torno de 18% na comparação com o mesmo período anterior.
Já as exportações da América do Sul nesse mesmo período estudado
registraram queda de 8,6% ao totalizarem 32,74 milhões de sacas de 60 kg. Neste
contexto, o Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, vendeu ao
exterior 23,11 milhões de sacas, número que representa uma queda de 8,6% na
comparação com o mesmo período anterior. Quanto à Colômbia, terceiro maior país
produtor de café, o volume exportado registrou 7,5 milhões de sacas, o qual
corresponde a um decréscimo de 6,5% no período comparativo em tela. Finalmente,
nessa importante região produtora de café, vale ressaltar que as exportações do
Peru tiveram uma redução de 17,7%, ao atingir 1,84 milhão de sacas de 60 kg.
No período de outubro de 2019 a abril de 2020, dos quatro blocos
de países/regiões produtoras mundiais, segundo as regras e dados do Relatório
da OIC, vale destacar, em ordem decrescente, que a América do Sul exportou
32,74 milhões de sacas, que equivalem a 45%; Ásia & Oceania, com 23,62
milhões de sacas, correspondem a 32%; América Central & México com 8,77
milhões de sacas (12%); e a África, que exportou 7,66 milhões de sacas, cujas
vendas ao exterior representam 11%.
O relatório completo está disponível no site do Observatório do Café.
As informações são da Embrapa Café.