Adoção inconsequente também tem alta durante o isolamento e assunto foi debatido em audiência nesta segunda (8).
Os dados, apresentados pelo presidente da comissão, deputado Noraldino Júnior (PSC), se repetem em todo o País e abrem a discussão para outro problema que também ampliou nesse período de isolamento social: a adoção inconsequente.
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Noraldino Júnior explicou que muitas pessoas acabam desejando adotar um animal para uma companhia momentânea nesse momento de solidão, sem avaliar as condições para continuar mantendo-o depois.
“Se não adotarmos medidas para que sejam realizadas adoções com metodologia, corremos risco de aumento significativo de abandono pós-pandemia, de animais adotados e que também estão sendo comprados, especialmente do mercado clandestino, que responde por 90% da comercialização de animais”, advertiu.
O alerta foi repetido por outras duas participantes da audiência pública: a coordenadora de Fauna e Pesca da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Samylla de Cássia Ibrahim Mol, e a médica veterinária Flávia Quadros Campos Ferreira, especialista em Controle Populacional e Medicina do Coletivo.
Samylla Mol afirmou que é louvável a iniciativa da adoção, desde que seja refletida. “O cão e o gato têm vida longa, 10, 15 anos, não é para pandemia, é para muitos anos”, ensinou. Ao resolver adotar um animal, a pessoa tem que avaliar se tem condições financeiras para garantir a alimentação, os cuidados veterinários e o bem-estar do animal; se terá tempo disponível para se dedicar a ele, por exemplo.
A falta de planejamento é um dos fatores, também, para o abandono de animais. “É comum, na doença, ser abandonado por incompatibilidade financeira, porque a assistência veterinária é muito cara”, reforçou Flávia Ferreira.
FONTE: ASCOM/ALMG