A estatal vai ser privatizada por meio de uma oferta de novas ações, o que levará a participação da União na empresa diminuir. Investidores do varejo podem participar de duas formas: comprar a ação diretamente ou usar parte do FGTS.
Bancos e corretoras não divulgam dados sobre as reservas, mas os relatos traduzem forte interesse pela operação. A demanda por grandes investidores também é grande, mas proporcionalmente menor do que se comparada às reservas de ações da estatal com uso de recursos do tempo de serviço, o famoso FGTS.
A expectativa é que haja provavelmente um corte no FGTS, porque foi estabelecido um teto de R$ 6 bilhões para o uso de recursos nessa oferta pública. A aplicação de quem optar por usar o valor do FGTS poderá ser de até 50% do saldo de cada conta.
Segundo o balanço do FGTS de 2020, há R$ 570 bilhões em recursos de trabalhadores. Se 5% desses trabalhadores (pouco menos de R$ 30 bilhões) resolverem entrar com um valor possível, a operação da Eletrobras só com FGTS teria uma demanda de R$ 15 bilhões.
Portanto, o corte deve ser de mais de 50%. Ou seja, quem entrar com R$ 100 mil do FGTS deve levar menos de R$ 50 mil em ações da Eletrobras. A demanda se explica, na visão do mercado financeiro, porque estamos diante da maior oferta de ações na bolsa brasileira desde a megacapitalização da Petrobras, feita há mais de dez anos.
Créditos: Revista Oeste.