quinta-feira, 31 de outubro de 2024

HERPES-ZÓSTER ATACA QUEM JÁ TEVE CATAPORA E PODE CAUSAR DORES FORTES; SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA QUE CRESCEU CERCA DE 40% PÓS PANDEMIA

 31/10/2024 | 3 min lendo 

 Herpes Zoster - Duet Clinic


 
FOTO: ILUSTRAÇÃO/NET - HERPES-ZÓSTER, O  POPULAR 'COBREIRO'

 
Popularmente conhecida como cobreiro, a herpes-zóster é uma doença que pode atingir, principalmente, a boca e a região genital. 
Apesar do nome, ela não tem nada haver com com a herpes, o vírus é o mesmo da catapora que é muito comum na infância.

O que é herpes-zóster?
Herpes-zóster vem do mesmo vírus da catapora e atinge a parte nervosa das células. "Normalmente, essa catapora a gente pega na infância ou na vida bem jovem, e esse vírus vai ficar guardado dentro de um gânglio nervoso no nosso organismo", esclarece o
dermatologista Alexandre Filippo .

"Então, com o passar dos anos, com o envelhecimento do corpo e, consequentemente, do sistema imunológico, o vírus pode voltar a se manifestar e causar o herpes-zóster que é uma doença diferente da catapora, mas, é causada pelo mesmo vírus", explica.

Quais os sintomas?
Os sintomas podem ser bastante variados. Entre os principais, estão: 

  • queimação;
  • ardência;
  • fisgada;
  • coceira;
  • sensibilidade;
  • dor;
  • erupção na pele;
  • e mal-estar.

Por se tratar de uma infecção viral, é possível que o paciente sinta febre, sonolência ou perda de apetite. "Não é uma doença só da pele, é principalmente do nervo", pontua.

Como evitar a doença?
Em primeiro lugar, a boa notícia é que existe vacina para a doença. "Ninguém sabe o motivo exato, mas para ele aflorar, tem que ter um trauma, um baque nervoso, que é quando a nossa imunidade caia", alerta.

Os sintomas começam, normalmente, pela dor. Algumas pessoas, diz o dermatologista, até confundem com uma simples alergia e só procuram um médico quando os sintomas perduram.

Ele afirma ainda que os casos de herpes-zóster aumentaram muito pós-pandemia de Covid-19 e que, antes desse período, era mais comum ver em pessoas idosas.

Para um adulto que nunca teve catapora, por exemplo, a vacinação é imprescindível, sugere o especialista. "O herpes-zóster ou a catapora em um adulto é muito mais intensa que em uma criança", diz.

Transmissão e complicações
Não é possível transmitir herpes-zóster, mas sim, catapora. Isto porque, explica o médico, uma pessoa que nunca teve catapora e entra em contato direto com uma ferida de um paciente com o herpes-zóster, ela pode ser contaminada com o vírus e manifestar, então, a catapora.

"Quanto mais idade a pessoa tem, menos resistência ela vai ter. Então, nomermalmente, esse vírus vai ser mais agressivo. São as pessoas que mais carregam as complicações do herpes quando ele vai embora".

"Normalmente, aquelas bolhas que dão do herpes-zóster são ricas em vírus. Então, se você entra em contato direto com o conteúdo daquela bolha, com o líquido que sai, você pode pegar catapora".
Herpes-zóster não mata, mas que pode levar a complicações maiores por causar feridas que são uma porta de entrada para bactérias.

Nos casos mais graves, se o paciente não cuidar, o nervo vai continuar sendo atacado pelo vírus e pode gerar sequela, como dores que incomodam muito. 

Com informações do G1/TBN/DiáriodoBr