"Ao interferir no horário, os governos modificam tudo, até o funcionamento do seus intestinos... e de seus pensamentos"
OC
O Governo Federal decide nessa terça-feira (15) se o povo terá que seguir o horário estipulado por ele, o 'Horário de verão' ainda esse ano.
Passados os debates, estudos e especulações, Alexandre Silveira, o ministro de Minas e Energia, afirmou que a segurança energética define a resolução.
Isso quer dizer que se houver risco energético, não interessa outro assunto a não ser obrigar o "horário de verão”, disse Silveira na sexta-feira (11), em Roma, após participar de um fórum internacional promovido pelo grupo Esfera.
Caso seja novamente implementado, o horário especial começará dentro de 20 dias, para que setores como o da segurança pública e o aéreo se preparem.
Desse modo, a mudança também não afetaria o segundo turno das eleições, marcado para o próximo dia 27.
“Até 15 de dezembro, o horário de verão tem uma importância vigorosa. Não que ele não tenha depois, mas vai diminuindo a curva da importância dele”, afirmou o ministro, sem especificar uma data para o fim do período.
Silveira ainda criticou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que interrompeu a medida logo em seu primeiro ano, após concluir que o sistema de adiantamento de horas não reduz o consumo de energia – ao contrário, aumenta.
“O horário de verão é uma política pública implementada em vários países, em especial nos desenvolvidos. E que não deve ser tratada como uma questão ideológica, como foi tratada pelo governo anterior, simplesmente extirpando ela em 2019”, disse o ministro.
A retomada conta com o apoio do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que considera a medida uma alternativa para economizar energia nos horários de pico.Em um relatório entregue no mês passado ao Ministério de Minas e Energia, o ONS reforçou que, se o horário de verão for novamente implementado, o impacto no consumo será decrescente mês a mês.