segunda-feira, 14 de abril de 2025

CHAG PESSACH SAMEACH: "FELIZ PÁSCOA", UM DESEJO DE LIBERDADE, MEMÓRIA E ESPERANÇA

(Divulgação)

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14/04/2025 | 5 min de leitura

Chag Pessach Sameach! Essa expressão tradicional judaica — que significa "Feliz Páscoa Judaica" — ecoa há gerações como um desejo profundo de liberdade, renovação e união.

Pessach, também conhecido como a Páscoa Judaica, celebra um dos momentos mais marcantes da história do povo judeu: a libertação dos israelitas da escravidão no Egito. Mais do que uma lembrança histórica, essa festividade convida à reflexão sobre temas universais como fé, perseverança e justiça.

O significado por trás da saudação
Desejar "Chag Pessach Sameach" vai além de um simples “feliz feriado”. Essa saudação é um lembrete da resiliência de um povo, da força da tradição e da capacidade de renascer mesmo diante das maiores adversidades.

É também uma forma de celebrar coletivamente valores como compaixão, gratidão e liberdade. Ao usar essas palavras, conectamo-nos com uma herança milenar que resiste ao tempo e continua inspirando.

A essência de Pessach
Pessach dura sete dias em Israel e oito na diáspora. Durante esse período, os judeus se abstêm de consumir alimentos fermentados (chametz), relembrando a pressa dos israelitas ao deixarem o Egito. A matzá, o pão ázimo, assume o papel principal na alimentação, simbolizando humildade e simplicidade.

Mas o ponto alto da celebração é o Seder — um jantar repleto de simbolismos, conduzido por meio da leitura da Hagadá. Nesse ritual, cada elemento sobre a mesa tem um propósito: o vinho, as ervas amargas, o ovo cozido, a água salgada, entre outros. Tudo ali remete à memória da escravidão e da liberdade conquistada.

Uma história que vive em cada geração
Durante o Seder, é dito que cada pessoa deve se ver como se ela mesma tivesse saído do Egito. Isso torna a experiência não apenas histórica, mas profundamente pessoal. O passado não é apenas recordado — é vivenciado com propósito.

Essa ideia inspira a encarar as dificuldades contemporâneas com coragem e confiança. Afinal, se a libertação foi possível antes, ela também é possível hoje — seja no campo espiritual, emocional ou social.

Pessach no mundo moderno
Com o tempo, muitos elementos do Seder foram sendo adaptados para refletir questões atuais. Algumas famílias adicionam uma laranja ao prato do Seder, simbolizando inclusão e igualdade.

Essas práticas modernas mostram que, mesmo sendo uma tradição milenar, Pessach continua vivo, pulsante, e em diálogo com os desafios do nosso tempo.

Um convite à transformação
Pessach nos lembra que a transformação é possível. Que a liberdade não é um destino, mas um processo constante. Que toda travessia exige fé, coragem e união.

É por isso que esta festividade ressoa tão fortemente entre pessoas que buscam propósito, identidade e conexão. O ato de sentar-se à mesa, contar histórias, cantar e comer alimentos simbólicos é, ao mesmo tempo, um gesto de resistência cultural e um ato de esperança.

Que seja doce, leve e significativa
Neste ano, que ao dizer "Chag Pessach Sameach", possamos realmente desejar uns aos outros uma renovação verdadeira: de espírito, de fé e de amor ao próximo.

Que essa celebração nos inspire a olhar para nossas próprias travessias com novos olhos — mais humanos, mais empáticos e mais esperançosos.

Chag Pessach Sameach! Que seja um tempo de paz, luz e propósito para todos.

Autor: Ric Scheinkman - Presidente CNBI https://www.cnbi.com.br/