22/04/2025 - 3 minutos de leitura
Diante da crescente instabilidade econômica e das críticas
inflamadas do ex-presidente Donald Trump ao Federal Reserve, investidores do
mundo inteiro voltaram seus olhos para o ouro nesta terça-feira (22), elevando
seu valor a um novo recorde histórico: a onça ultrapassou os US$ 3.500 no
mercado à vista.
A valorização do metal precioso ocorre em meio ao
agravamento das tensões provocadas pela guerra comercial dos Estados Unidos e
pelas declarações de Trump contra Jerome Powell, presidente do Fed.
O cenário de incertezas levou os mercados a um dia
turbulento: ações foram liquidadas, títulos do Tesouro norte-americano vendidos
em larga escala e o dólar perdeu força frente às principais moedas
internacionais.
Considerado um ativo de refúgio em momentos de crise, o ouro
acumula valorização superior a 30% desde o início do ano. Para os analistas da
RBC Capital Markets, “o ouro voltou a atingir outro recorde, com sua reputação
de porto seguro brilhando intensamente”.
Eles acrescentam: “Com a incerteza relacionada à
independência do Fed, o ouro continua a se beneficiar como um porto seguro, e
não vinculado ao dólar americano”.
O impulso mais recente na cotação teve início no começo de
abril, quando as medidas protecionistas do governo Trump despertaram receios
generalizados entre os investidores. Desde então, o ouro tem mantido uma
trajetória de alta.
Enquanto isso, o índice futuro do S&P 500 apontava para
uma leve recuperação na abertura do pregão em Nova York, embora os mercados
asiáticos e europeus continuassem operando em queda.
O dólar, que já vinha se desvalorizando na segunda-feira,
manteve um comportamento instável nesta terça, recuando em relação ao iene,
oscilando frente ao euro e acumulando uma sequência de dez dias de baixa frente
à libra esterlina.
Caso registrasse mais uma queda, essa seria a série mais longa desde 1971, segundo dados da Bloomberg. Já o rendimento dos títulos do Tesouro de dez anos subiu ligeiramente, alcançando 4,41%.
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ver. (Foto: PixaBay; Fonte: Estadão)