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03/04/2025 | 5 min de leitura
A fila de espera do INSS fechou 2024 com 2,042 milhões de pedidos de benefícios previdenciários e sociais, atingindo o maior número já registrado no governo Lula.
Os dados, que fazem parte do boletim oficial do Ministério da Previdência, são de dezembro, mas só foram divulgados agora, em abril.
Em dezembro do ano passado, exatamente 2.042.016 de requerimentos de benefício e de perícia médica estavam pendentes no INSS em todo o Brasil. É o maior número de requerimentos aguardando análise em todo o governo Luiz Inácio Lula da Silva, que na campanha prometeu acabar com a fila.
Dessa forma, os dados mostram um crescimento na fila, já que em novembro eram 1.985 milhão.
Não foram atualizados o número de requerimentos na fila, janeiro, fevereiro e março.
O mecanismo dispensa a realização de perícia médica para
afastamento até 180 dias e com isso, o INSS não precisa pagar o benefício de
forma retroativa à data do pedido.
Em dezembro de 2023, a fila estava em 1,545 milhão. Em junho
do ano seguinte, baixou para 1,353 milhão e depois voltou a subir.
Em dezembro do ano passado, acabou o sistema de bônus a
servidores, criado no governo Bolsonaro, para reduzir a fila. O benefício não
foi renovado este ano.
Em julho de 2023, o governo Lula permitiu deslocar
funcionários para unidades com maior carência no atendimento e recriava o bônus
de produtividade aos servidores e médicos peritos. Segundo o INSS, iss fez a
fila cair nos primeiros meses do programa. Porém, voltou a aumentar a partir de
julho de 2024 até superar a barreira de 2 milhões.
Recorde no governo Bolsonaro
A fila do INSS atingiu tamanho recorde em junho de 2019,
quando chegou a 2,4 milhões. Para enfrentar o problema, além do pagamento de
bônus, houve contratação emergencial de aposentados para análise de processos e
militares, no atendimento nas agências.
Um dos principais motivos para o crescimento da fila na
ocasião foi a falta de pessoal no INSS devido à corrida à aposentadoria.
Servidores pediram o benefício em janeiro a fim de incorporar uma gratificação
negociada na greve anteriormente.
Fonte: Extra