quinta-feira, 26 de novembro de 2020

DEFESA AGROPECUÁRIA ENCONTRA "PRAGAS" EM SEMENTES VINDAS DA CHINA

 

Há meses, em diversos estados do país, brasileiros relatam o recebimento de pacotes NÃO solicitados contendo sementes até então misteriosas vindas da China. Este fato foi noticiado por diversos veículos de comunicação, como o Correio Braziliense, por exemplo, além do Opinião Crítica.

Segundo a Folha de S. Paulo, o governo brasileiro, então, através do Ministério da Agricultura, resolveu investigar a natureza dessas sementes, uma vez que não é permitida a entrada no país de qualquer bioespécie estrangeira sem à autorização da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), dado o risco de contaminação com pragas             

                      Praga nas sementes da China

Após a investigação, o Ministério da Agricultura confirmou que há, de fato, pragas nessas sementes capazes de colocar em risco à agricultura do Brasil, o que pode causar “impacto econômico” ao país.

Essa informação já havia sido anunciada em outubro, mas em caráter preliminar, ou seja, sem haver uma conclusão oficial, conforme noticiou na época a Catraca Livre. Dessa vez, a publicação do Ministério feita na última quarta-feira (25) confirma a descoberta.

“No total, 47% das amostras já analisadas apresentaram risco fitossanitário ao país. Após avaliação de risco fitossanitário, realizada pela área técnica do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Mapa, foi identificado que uma amostra continha a espécie Myosoton aquaticum, praga ausente no Brasil e com potencial para ser considerada quarentenária, ou seja, com risco de estabelecimento no país e de causar danos fitossanitários”, informou a pasta em seu site oficial.

O Ministério ainda destacou que “essa espécie apresenta resistência a herbicidas, o que torna seu controle difícil. A introdução dessa planta daninha no país pode ter impacto econômico negativo.”

Às espécies encontradas foram Descurainia sophia – considerada como planta daninha nos Estados Unidos e Canadá, além de planta invasora no México, Japão, Coreia, Chile e Austrália. Já a Myosoton aquaticum é considerada daninha nos campos de trigo da China.


“Após análises laboratoriais, pode-se avaliar que a introdução de material propagação (sementes ou mudas), mesmo em pequenas quantidades, sem atender aos requisitos fitossanitários e de qualidade estabelecidos pelo Mapa, coloca em risco a agricultura brasileira”, afirmou o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, Carlos Goulart.

China alega fraude comercial

A China, por sua vez, alega que o envio de sementes não solicitadas para o Brasil é um tipo de fraude comercial chamada ‘brushing’, que tem como finalidade melhorar a reputação de lojas online com avaliações falsas de supostos usuários.

O envio dos pacotes com sementes seria uma forma de forjar a compra de produtos, a fim de criar avaliações positivas (falsas) para alavancar a reputação das lojas nas grandes plataformas de vendas online, como o Alibaba ou Ebay, por exemplo.

“Os golpistas fazem cadastro e compram em lojas on-line como se fossem clientes, usando endereços reais de vários países que são roubados de bancos de dados”, explica o G1.

E se não for?

A justificativa de fraude comercial para o envio de sementes da China, não apenas para o Brasil, mas para os Estados Unidos e vários outros países, é uma possibilidade real e parece bastante coerente. Mas, e se não for?

Considerando que países como o Brasil e Estados Unidos detém as duas maiores agriculturas do mundo, sendo concorrentes diretos da China, e que esse mercado é responsável por grande parte das riquezas internas (PIB) produzidas nacionalmente, seria absurdo cogitar que estaríamos sendo alvo de um ataque biológico?

Ora, se tal possibilidade estiver correta, a ditadura comunista da China estaria usando, então, o comércio online como álibi para se isentar da responsabilidade de – supostamente – tentar prejudicar a economia dos seus maiores concorrentes internacionais.

Afinal, como o governo chinês, que possui amplo controle comercial em seu país, poderá comprovar que não estaria por traz dos envios das sementes através dos próprios lojistas? Além disso, por que o envio justamente de SEMENTES (que podem ser plantadas e se multiplicar)? Por que não qualquer outro objeto inofensivo, como clipes ou bolinhas de borracha? Não parece estranho?

Entenda: estamos especulando, e não acusando. Cabe às autoridades brasileiras e estrangeiras confirmar se a versão do governo chinês procede ou não.

COM: OPINIÃO CRÍTICA