Há meses, em diversos estados do país, brasileiros relatam o
recebimento de pacotes NÃO solicitados contendo sementes até então misteriosas
vindas da China. Este fato foi noticiado por diversos veículos de comunicação,
como o Correio Braziliense,
por exemplo, além do Opinião Crítica.
Segundo a Folha de S. Paulo, o governo brasileiro, então, através do Ministério da Agricultura, resolveu investigar a natureza dessas sementes, uma vez que não é permitida a entrada no país de qualquer bioespécie estrangeira sem à autorização da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), dado o risco de contaminação com pragas
Praga nas sementes da China
Após a investigação, o Ministério da
Agricultura confirmou que há, de fato, pragas nessas sementes capazes de
colocar em risco à agricultura do Brasil, o que pode causar “impacto econômico”
ao país.
Essa informação já havia sido anunciada em outubro, mas em
caráter preliminar, ou seja, sem haver uma conclusão oficial, conforme noticiou
na época a Catraca Livre.
Dessa vez, a publicação do Ministério feita na última quarta-feira (25)
confirma a descoberta.
O
Ministério ainda destacou que “essa espécie apresenta resistência a herbicidas,
o que torna seu controle difícil. A introdução dessa planta daninha no país
pode ter impacto econômico negativo.”
Às espécies
encontradas foram Descurainia sophia –
considerada como planta daninha nos Estados Unidos e Canadá, além de planta invasora
no México, Japão, Coreia, Chile e Austrália. Já a Myosoton
aquaticum é
considerada daninha nos campos de trigo da China.
“Após análises laboratoriais, pode-se avaliar que a introdução de material propagação (sementes ou mudas), mesmo em pequenas quantidades, sem atender aos requisitos fitossanitários e de qualidade estabelecidos pelo Mapa, coloca em risco a agricultura brasileira”, afirmou o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, Carlos Goulart.
China alega fraude comercial
A China,
por sua vez, alega que o envio de sementes não solicitadas para o Brasil é um
tipo de fraude comercial chamada ‘brushing’, que tem como finalidade melhorar a
reputação de lojas online com avaliações falsas de supostos usuários.
O envio dos
pacotes com sementes seria uma forma de forjar a compra de produtos, a fim de
criar avaliações positivas (falsas) para alavancar a reputação das lojas nas
grandes plataformas de vendas online, como o Alibaba ou Ebay, por exemplo.
“Os
golpistas fazem cadastro e compram em lojas on-line como se fossem clientes,
usando endereços reais de vários países que são roubados de bancos de dados”,
explica o G1.
E se não for?
A
justificativa de fraude comercial para o envio de sementes da China, não apenas
para o Brasil, mas para os Estados Unidos e vários outros países, é uma
possibilidade real e parece bastante coerente. Mas, e se não for?
Considerando
que países como o Brasil e Estados Unidos detém as duas maiores agriculturas do
mundo, sendo concorrentes diretos da China, e que esse mercado é responsável
por grande parte das riquezas internas (PIB) produzidas nacionalmente, seria
absurdo cogitar que estaríamos sendo alvo de um ataque biológico?
Ora, se tal
possibilidade estiver correta, a ditadura comunista da China estaria usando,
então, o comércio online como álibi para se isentar da responsabilidade de –
supostamente – tentar prejudicar a economia dos seus maiores concorrentes
internacionais.
Afinal,
como o governo chinês, que possui amplo controle comercial em seu país, poderá
comprovar que não estaria por traz dos envios das sementes através dos próprios
lojistas? Além disso, por que o envio justamente de SEMENTES (que podem ser
plantadas e se multiplicar)? Por que não qualquer outro objeto inofensivo, como
clipes ou bolinhas de borracha? Não parece estranho?
Entenda:
estamos especulando, e não acusando. Cabe às autoridades brasileiras e
estrangeiras confirmar se a versão do governo chinês procede ou não.
COM: OPINIÃO CRÍTICA