O sistema mundial de GPS pode estar em perigo e, com isso, todo o nosso cotidiano!
Afinal, ele está presente em nosso dia a dia, sendo essencial para serviços de localização, telecomunicações, emergência e até transações financeiras.
No entanto, esse sistema está sujeito a ataques que podem causar interrupções e até a emissão de sinais falsos.
Até agora, 60 mil aviões com passageiros foram afetados por sinais falsos de GPS neste ano, alterando rotas e confundindo pilotos ao redor do mundo.
Embora os satélites responsáveis pelas informações sejam confiáveis, eles podem ser facilmente manipulados, tornando a desinformação uma arma de guerra.
Os países bálticos, por exemplo, acusam a Rússia de bloquear e falsificar o sinal de GPS. No Oriente Médio, pesquisadores da Universidade do Texas descobriram que uma base aérea israelense falsifica dados para se proteger de ataques do Hamas e do Irã.
As informações são do The New York Times.
Sistema mundial de GPS em crise
Analistas dizem que os serviços de GPS estão se tornando cada vez mais vulneráveis devido aos ataques aos sinais de satélite na Terra.
A maior preocupação nesse cenário fica para os Estados Unidos. Afinal, o País depende diretamente do sistema mundial de GPS em suas ocupações. Não existem outras opções em caso de bloqueio de sinal, ao contrário do que aconteceu na Rússia e na China.
O medo aumentou à medida que uma série de conflitos aumentava. Recentemente, hackers russos atacaram a infraestrutura do sistema de satélites na Ucrânia, cortando a rede de Internet no país vizinho.
Ataques como o bloqueio que abafa os sinais dos satélites e o spoofing que envia informações falsas também estão aumentando. Essas ações desviaram a aeronave e confundiram os pilotos longe do campo de batalha. Isto poderia afetar as operações militares, bem como as aeronaves comerciais leves de passageiros.
Além dos riscos potenciais, as perturbações podem ter consequências econômicas importantes. De acordo com um relatório do governo britânico, desligar todos os sinais de satélite durante uma semana custaria à economia cerca de 9,7 mil milhões de dólares (53 mil milhões de reais).
Por enquanto, essas perdas garantidas estão impedindo um grande ataque. Os sinais de satélite são transmitidos em bandas de rádio estreitas, tornando difícil para um país bloquear os sinais de satélite de outro país sem interromper o seu próprio serviço. No entanto, parece que está mudando, causando muita preocupação entre os norte-americanos.
GPS
O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é
uma rede de satélites que permite a determinação precisa da localização
geográfica de um receptor na Terra.
Desenvolvido e operado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, o GPS é amplamente utilizado para navegação, mapeamento, rastreamento e muitas outras aplicações.
Seu surgimento começou na década de 1970 e o sistema se tornou totalmente operacional em 1993. Inicialmente surgiu para uso militar, mas a partir de 1983, após um incidente envolvendo um avião comercial, ele se voltou para uso civil.
Como funciona?
O GPS opera com uma rede que reúne
ao menos 24 satélites na órbita da Terra. Esses satélites transmitem
sinais de rádio contendo informações sobre sua localização e o tempo
exato do envio do sinal.
Um receptor de GPS, como aqueles encontrados em smartphones e sistemas de navegação de veículos, capta esses sinais de pelo menos quatro satélites para calcular sua posição na Terra com precisão.
Na prática, é mais simples do que se imagina. Os satélites GPS emitem sinais de rádio com informações de tempo e posição. O receptor capta esses sinais. Em seguida, calcula a distância até cada satélite com base no tempo que o sinal levou para chegar.
Assim, usando os dados de pelo menos quatro satélites, o receptor usa trilateração para determinar sua localização exata (latitude, longitude e altitude).
A aplicação do sistema mundial de GPS está em tudo que conhecemos. Ele funciona na navegação, em automóveis, aeronaves, embarcações e dispositivos pessoais. Também ajuda no mapeamento, com a criação de mapas e coleta de dados geográficos.
A principal preocupação se concentra no rastreamento e no uso dos satélites, mas, no momento, está tudo suspenso, aguardando a crise acontecer.
Fonte: Olhar digital