09/02/2024
Durante o carnaval, a mononucleose, popularmente conhecida como doença do beijo, é uma infecção viral causada pelo vírus Epstein-Barr, transmitida principalmente por meio da saliva. Este transtorno recebe destaque durante o período carnavalesco, quando as multidões favorecem a propagação do vírus, especialmente entre pessoas com idades entre 15 e 25 anos.
"Os sintomas podem se assemelhar aos da dengue ou de outras infecções virais, uma vez que o quadro inicial inclui dor de cabeça e febre. O aumento dos gânglios linfáticos, fraqueza física e dor corporal são comuns. No entanto, é essencial estar atento. Geralmente, a doença leva alguns dias para manifestar os primeiros sinais", explica Christianne Takeda, médica infectologista da Hapvida NotreDame Intermédica.
A recomendação básica é descansar e manter a hidratação adequada. Dependendo da gravidade dos sintomas, o médico pode prescrever medicamentos após a confirmação do diagnóstico por meio de exames laboratoriais, como hemograma e pesquisa de anticorpos. Para receber orientação adequada, é crucial buscar ajuda de um profissional qualificado.
Outras enfermidades também merecem atenção durante o carnaval:
Além da mononucleose, uma variedade de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) circulam durante o período festivo. As mais comuns incluem HIV/aids, herpes, hepatites virais, sífilis, clamídia, gonorreia, tricomoníase, cancro mole, condiloma acuminado (HPV) e doença inflamatória pélvica (DIP). O uso de preservativos masculinos ou femininos em todas as relações sexuais - oral, anal e vaginal - é o método principal de prevenção.
A herpes, transmitida também através do contato oral, apresenta risco durante o carnaval. A dentista Caroline Cavalcante, da Hapvida Interodonto, destaca que é uma doença facilmente identificável. "Antes de beijar alguém, observe se há pequenas pápulas ao redor da boca ou nos cantos. As pápulas do herpes têm a aparência de pequenas espinhas", explica.