terça-feira, 2 de janeiro de 2024

EXTRA: GOOGLE FECHA ACORDO JUDICIAL NOS EUA E ADMITE RASTREAMENTO PRIVADO DE MILHÕES DE USUÁRIOS

Em um acordo recente com a Justiça dos Estados Unidos, o Google admitiu ter rastreado milhões de usuários que acreditavam estar utilizando o navegador no modo privado. A ação coletiva, que buscava indenizações na ordem de US$ 5 bilhões, foi encerrada com o acordo cujos termos preliminares ainda não foram divulgados.

Os autores da ação acusavam a gigante de tecnologia de monitorar as atividades dos usuários no navegador Chrome, mesmo quando o modo privado ou “anônimo” estava habilitado. Em teoria, ao ativar essa opção de navegação, o Chrome não deveria armazenar histórico, cookies ou dados dos sites acessados, nem informações inseridas em formulários.

O processo, iniciado em 2020, alegava que o Google se tornou um “incontável tesouro de informações”, permitindo que o navegador aprendesse sobre os interesses e hábitos dos usuários, incluindo informações “potencialmente embaraçosas” que buscavam online. Os autores afirmavam que, ao rastrear a navegação anônima, o Google violava leis federais e de privacidade da Califórnia.

O julgamento, que estava programado para começar em fevereiro de 2024, foi suspenso pela juíza distrital Yvonne Gonzalez Rogers, do estado da Califórnia, aguardando a apresentação formal do acordo, prevista para o próximo ano.

Embora o Google tenha admitido que o modo de navegação anônima não salva a atividade do usuário no dispositivo, um porta-voz da empresa explicou anteriormente que os sites ainda podem coletar informações durante a sessão. A ação apresentou e-mails internos que supostamente comprovam conversas de executivos da empresa, indicando o uso de dados anônimos para vender anúncios e rastrear o tráfego na web.

REDAÇÃO COM INFORMAÇÕES DA REUTERS