segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

BEBER TODO DIA OU TOMAR UM PORRE POR SEMANA? ESTUDO CIENTÍFICO REVELA O QUE É PIOR PARA A SAÚDE

 

Ilustração homem de época tomando whiskey [download] - Designi 

18/12/2023 

Participar de uma maratona de consumo de álcool em uma única noite é mais prejudicial à saúde do que ingerir a mesma quantidade ao longo do tempo, revela uma nova pesquisa.
O estudo, conduzido por pesquisadores do University College London (UCL), Royal Free Hospital, e das universidades de Oxford e Cambridge, analisou padrões de ingestão de álcool, concentrando-se em como as pessoas bebem, em vez de apenas na quantidade consumida. 
 
Os cientistas examinaram dados de 312,5 mil adultos provenientes do UK Biobank, investigando a existência de evidências de aumento do risco de doença hepática com base nos hábitos de consumo, além de fatores genéticos e diabetes. 
 
Embora seja sabido que o "binge drinking" (consumo excessivo em um curto período) é prejudicial à saúde, esta pesquisa é a primeira a comparar esse padrão com outras formas de consumo de álcool. Os resultados indicam que realizar uma maratona etílica em uma única noite, mesmo que uma vez por semana, é mais prejudicial do que distribuir a mesma quantidade de álcool ao longo do mesmo período. Os participantes foram divididos em quatro grupos de consumo médio de álcool: aqueles que bebem dentro dos limites recomendados (menos de 24g para mulheres e 32g para homens), acima do limite mas abaixo do binge (24g a 48g para mulheres e 32g a 64g para homens), binge (48g a 72g para mulheres e 64g a

96g para homens) e binge pesado (mais de 72g para mulheres e mais de 96g para homens).

Os resultados revelaram que 20% da população consome álcool dentro dos limites considerados toleráveis, 42% ultrapassam esses limites, 23% são adeptos das "maratonas etílicas", e 15% se engajam em maratonas pesadas de consumo alcoólico.

A pesquisa apontou que adultos saudáveis que bebem acima do limite diário, mas abaixo do binge, têm um risco levemente aumentado de doenças hepáticas, como cirrose e esteatose hepática (1,33 vezes). Por outro lado, os participantes que praticam maratonas etílicas apresentam o dobro do risco (2,37), enquanto aqueles que se entregam ao binge pesado quase quadruplicam o risco (3,85). Esses resultados destacam a importância de considerar não apenas a quantidade total de álcool consumida, mas também o padrão de consumo ao avaliar os impactos na saúde hepática.