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Por Redação
Instituto Agronômico (IAC-Apta), Instituto Axxus e Unicamp apresentam resultados da pesquisa sobre hábitos e preferências dos consumidores de café no Brasil
O Instituto Agronômico (IAC-Apta), em parceria com o Instituto Axxus e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), divulgou os resultados da pesquisa "Evolução dos Hábitos e Preferências dos Consumidores de Café no Brasil" referente ao período entre 2019 e 2023. O estudo, que analisou o perfil do consumidor brasileiro de café, revelou mudanças significativas nos hábitos de consumo após o período da pandemia.
Ao longo das três avaliações realizadas em 2019, 2021 e 2023, ficou evidente que os consumidores mantêm uma relação afetiva com o café, considerando a experiência de consumi-lo como parte de um ritual diário e emocional, associado a um dos prazeres da vida.
Segundo a pesquisa, 97% dos entrevistados afirmaram consumir café ao acordar, sendo que para 61% deles a bebida contribui para melhorar o humor e a disposição.
O estudo envolveu 4.200 participantes, distribuídos entre 1.890 homens e 2.310 mulheres, abrangendo diversas regiões brasileiras, faixas etárias e classes sociais. Os resultados, finalizados em outubro de 2023, oferecem um panorama abrangente sobre os padrões de consumo pré-pandemia, durante a pandemia e no período pós-pandêmico.
Dentre as constatações, destaca-se que 29% dos entrevistados consomem mais de seis xícaras de café por dia, enquanto 46% consomem de três a cinco xícaras diariamente. O percentual de não consumidores de café diminuiu de 8% em 2019 para 3% em 2021 e 2023, indicando uma estabilização.
Uma mudança significativa foi observada em relação aos locais de consumo, sendo que o trabalho retomou o posto de principal local de consumo de café, seguido pelas residências, cafeterias e casas de amigos e parentes.
A pesquisa também revelou alterações nos critérios de escolha dos consumidores. Em 2023, 16% dos entrevistados afirmaram comprar o café mais barato, comparado a 21% em 2021. No grupo que escolhe a marca de café com base na preferência de menor preço, o índice aumentou de 39% em 2021 para 43% em 2023.
O pesquisador do Instituto Agronômico, Sérgio Parreiras Pereira, ressaltou a importância do estudo para o setor agroindustrial do café no Brasil, fornecendo informações valiosas para melhorar a cadeia produtiva e atender às demandas dos consumidores.
"Esta pesquisa, com sua ampla amostragem e alto nível de confiança, contribui significativamente para compreender os impactos da COVID-19 nos hábitos de consumo de café no Brasil", afirmou Pereira.
A pesquisa, com um nível de confiança de 99% e margem de erro de 2%, busca não apenas entender as percepções e preferências dos consumidores, mas também identificar mudanças nos hábitos de compra e consumo nos últimos anos, fornecendo dados valiosos para o setor cafeeiro do país.