O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta terça-feira (5) que não permitirá mais cursos de licenciatura (destinados à formação de professores) totalmente a distância no país. A declaração foi feita durante a coletiva em que foram apresentados os resultados do Pisa 2022, uma avaliação internacional do ensino básico na qual o Brasil permanece em posições desfavoráveis.
De acordo com o ministro, uma das estratégias para melhorar os resultados de aprendizagem dos alunos no Brasil é valorizar a formação de professores, o que implica eliminar cursos a distância nessa área. Atualmente, 6 em cada 10 professores formados no país realizaram cursos a distância. “Estamos avaliando com uma equipe técnica, mas a ideia do ministério é não mais permitir cursos 100% EAD nas licenciaturas. Vamos definir se será 50%, 30%?”, afirmou o ministro.
Ele acrescentou que o problema da formação inicial é generalizado em todas as universidades, independentemente de serem públicas ou privadas, e é um desafio que precisa ser enfrentado. O ministro também destacou a necessidade de avaliar os estágios obrigatórios para a preparação de professores e reformular as diretrizes curriculares da formação docente.
Na semana passada, o Ministério da Educação publicou uma portaria que proíbe a criação de novos cursos EaD em 17 áreas.