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15/12/2023Apenas 11 municípios ainda detinham quase um quarto (24,4%) da economia brasileira em 2021, de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios, divulgado nesta sexta-feira, 15, pelo IBGE. A maior fatia fica com a cidade de São Paulo, que concentrava 9,2% do PIB brasileiro. Mas, segundo o instituto, tem havido uma desconcentração da riqueza.
“Os resultados do PIB dos Municípios mostram que municípios das capitais e demais agregações municipais de maior participação no PIB brasileiro, por concentrarem as atividades de serviços presenciais, foram os mais afetados pelas medidas restritivas de isolamento decorrentes da pandemia de covid-19, ao longo de 2020, apresentando queda nominal (na atividade econômica), entre 2019 e 2020″, diz o IBGE.
De acordo com o instituto, “estes grupos de municípios, entre 2020 e 2021, tiveram aumento nominal (no PIB); porém, em termos de participação não conseguiram retomar ao patamar de 2019, apesar da recuperação econômica verificada no âmbito nacional e regional, alavancada pelos serviços. Portanto, a tendência de desconcentração econômica municipal identificada ao longo da série histórica e intensificada em 2020, foi mantida”.
Em 2021, de acordo com o IBGE, os maiores geradores de riqueza foram: São Paulo (com uma fatia de 9,2% do PIB brasileiro), Rio de Janeiro (4,0%), Brasília (3,2%), Belo Horizonte (1,2%), Manaus (1,1%), Curitiba (1,1%), Osasco/SP (1,0%), Maricá/RJ (1,0%), Porto Alegre (0,9%), Guarulhos/SP (0,9%) e Fortaleza (0,8%).
Quando somados os 25 municípios brasileiros mais ricos, chegava-se a 33% do PIB brasileiro. Se considerados os 87 municípios mais ricos, chegava-se à metade (50%) do PIB nacional, mas somente 36,7% da população residente do País. Os 100 municípios mais ricos somavam 52,2% do PIB do Brasil em 2021.
Por outro lado, os 1.306 municípios com as menores economias detiveram cerca de 1% do PIB nacional, mas respondiam por 3,1% da população brasileira.
Há pouco mais de duas décadas, em 2002, apenas quatro municípios somados já representavam cerca um quarto do PIB nacional: São Paulo perdeu 3,5 pontos porcentuais de participação entre 2002 e 2021; Rio de Janeiro perdeu 2,3 pontos porcentuais; Brasília, -0,4 ponto porcentual; e Belo Horizonte, -0,4 ponto porcentual.
Em relação ao ano anterior, ou seja, na passagem de 2020 para 2021, as cinco maiores quedas de participação foram registradas por São Paulo, - 0,6 ponto porcentual; Rio de Janeiro, -0,4 ponto porcentual; Brasília, -0,3 ponto porcentual; Belo Horizonte, -0,1 ponto porcentual; e Porto Alegre, -0,1 ponto porcentual. O município de Maricá/RJ contabilizou o maior ganho de participação no PIB em 2021, alta de 0,5 ponto percentual; seguido por Saquarema/RJ, 0,3 ponto porcentual; Niterói/RJ, com 0,2 ponto porcentual; São Sebastião/SP, 0,1 ponto porcentual; e Campos dos Goytacazes/RJ, 0,1 ponto porcentual.
Os cinco maiores avanços de participação no PIB são explicados pelo setor de extração de petróleo e gás. “A indústria extrativa explica muito do ganho de participação no PIB dos municípios com expansão”, disse Luiz Antonio de Sá, técnico do IBGE.