O que justifica a indignação e inconformismo de Lula por estar preso
A comparação da fisionomia do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva do período anterior ao dia 7 de abril, quando foi preso,
com a fisionomia apresentada no último dia 14 de novembro, quando compareceu
para mais uma audiência na Justiça Federal do Paraná, é chocante. Com
facilidade percebe-se o abatimento e o envelhecimento experimentado por Lula
nestes pouco mais de 7 meses.
Quem tiver curiosidade, basta fazer uma comparação
entre as duas fotografias, uma antes de 7 de abril e outra do último dia 14. A
diferença é gritante.
Notadamente, o petista está indignado e inconformado
por ser mantido preso.
Ele quando se entregou, jamais imaginava que pudesse
ficar tanto tempo encarcerado e, agora, com o avanço de outros processos, vê
crescer a perspectiva de ‘apodrecer’ no xilindró.
E Lula, analisando friamente, tem certa razão em toda
a sua indignação e inconformismo, do ponto de vista de como funciona a mente de
um psicopata. Vejamos:
1. O abobalhado advogado Cristiano Zanin,
embora não declare, deu ao ex-presidente a mais absoluta garantia de que o
tempo no cárcere seria rápido, duraria apenas alguns dias.
2. Da mesma forma, Zanin alimentou em Lula
a possibilidade de que ele poderia ser candidato.
3. E, por fim, a razão maior e que deixa
Lula possesso, são os motivos que o levaram para a prisão e que podem reforçar
e tornar longo o seu período engaiolado. O tríplex e o sítio.
No pensamento do meliante, ante as barbaridades que
cometeu durante o seu governo, ‘tríplex’ e ‘sítio’ representavam ‘café
pequeno’.
Lula sempre foi cuidadoso, nunca pediu propina
diretamente, sempre mandou prepostos.
Caiu nos dois casos acima porque não soube conter a
fúria consumista de dona Marisa Letícia.
Tanto o tríplex, quanto o sítio, foram pleitos de
Marisa, utilizando a parte da propina que cabia ao marido. Para tanto, fez o
que fez, expôs o envolvimento de Lula no recebimento de propina, coisa que ele
sempre evitou, daí ter conseguido sair ileso no mensalão.
Desta feita, foi diferente, a alma mais honesta do
Brasil foi traída por menosprezar as nossas instituições, a determinação de
jovens procuradores abnegados e a coragem e sabedoria de um admirável juiz.
Otto Dantas/Articulista