POR: Ismael Sérgio de Andrade
Analista Ambiental / Reciclagem Santa Maria
O plástico foi uma inovação do século XX, quando o Alexander Parkes um metalúrgico e inventor de Birmingham, Inglaterra decidiu começar uma pesquisa em um novo material para a substituição da borracha, e descobriu uma matéria orgânica derivada da celulóide que quando entrava em contato a altas temperaturas se moldava e quando resfriava mantinha a forma gerada. Porém 100 anos depois o químico industrial, inventor e empresário belga, Leo Hendrik Baekeland inventou o baquelite primeiro polímero sintético, considerado nosso primeiro plástico, que revolucionou a indústria deste material.
Após várias descobertas e aprimoramento durante esses anos, o plástico tem como sua matéria prima, polímeros (macromoléculas, que consistem em características variadas) derivado do petróleo extraído do processo petroquímico, e dão origem aos nomes de suas variações e classificações como polietileno; polipropileno; poliuretanos entre outros.
O plástico tornou-se matéria prima imprescindível para vários segmentos industriais e está presente em quase todas atividades humanas do século XXI. Como o descarte pós-consumo ainda ser muito mal gerenciado, os resíduos plásticos tornou-se um dos vilões dentro da problemática ambiental, no contexto do gerenciamento de resíduos sólidos, principalmente urbano. Contudo, enquanto o setor público ainda patina na busca por soluções do problema, na melhor das hipóteses destinando para aterros sanitários a maior parte dos plásticos descartados pelos cidadãos, em contrapartida, o setor industrial mostra o caminho, reciclando e gerando receitas com os resíduos plásticos gerados nos processos produtivos.
É neste contexto que a Reciclagem Santa Maria, na condição de gerenciadora de resíduos sólidos industriais, atua em parceria com outras empresas, utilizando o métodos de extrusão que permite que o plástico seja novamente granulado, formando um termoplástico que pode ser reutilizado para fabricação de novas peças ou incorporando certo percentual de polímeros reciclados a outras matérias primas ainda virgem, para formarem novos produtos.
O processo de extrusão é composto por várias etapas, e a principal delas é a seleção por tipo e classe dos resíduos plásticos descartado pela indústria. Nesta etapa os funcionários são treinados para identificar os tipos como Nylon, PEAD, PP, PE, ABS, PC, etc, através de vários métodos como: teste de chama (que pela cor da chama podemos identificar qual plástico se trata) pelo odor (cada plástico tem o seu cheiro característico) observação visual (observar o modo que de derretimento, o tamanho da chama, se cria bolhas nas pontas...) ponto de fusão e densidade. O mais utilizado é o teste de chamas e de odor.
Após a classificação dos resíduos plásticos, passa-se para o processo de trituração, em granulometria adequada ao processo. A próxima etapa é o direcionamento dos materiais moídos à fase de derretimento dentro de um canhão de rosca sem fim, altamente aquecida por uma sequência de resistências elétricas. Após o material atingir seu ponto de fusão, ele será comprimido pelo fuso esférico dentro do cilindro, permitindo uma mistura mais homogênea do material e forçando sua passagem por uma tela de aço, onde será contido todas as impurezas. Após o gradeamento, o material em alta pressão é expurgado por orifícios no extremo do cilindro, formando cordões plásticos que serão resfriados retornando assim a sua forma sólida. A última etapa é o processo de granulação, onde os cordões são picotados em grãos uniformes, armazenados em big bags e prontos para serem disponibilizados no mercado para a formação de novos produtos através dos processos de injeções plásticas.
Atuando no gerenciamento de resíduos, a Reciclagem Santa Maria, através do seu processo de extrusão plástica, contribui significativamente para o desenvolvimento sustentável, aplicando os pilares da sustentabilidade, o tripé econômico, social e ambiental.
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