Em nota técnica divulgada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) defende a reabertura urgente das escolas, pede que autoridades governamentais somem esforços para proporcionar condições estruturais e sanitárias que possibilitem a retomada das unidades de ensino de forma segura e alerta para os impactos negativos no desenvolvimento infantil, observados desde o início da pandemia.
Apesar das medidas de prevenção, durante o isolamento social, como “organização do tempo dentro de casa, preservação das rotinas, diálogos frequentes com as crianças, alimentação adequada e atividades físicas”, de acordo com os pediatras, houve aumento considerável de casos de ansiedade, depressão e estresse entre crianças e adolescentes.
Os números de jovens que abandonaram os estudos também foi bastante relatado entre os pediatras.
A mobilização das escolas para oferecer o ensino remoto foi uma solução para dar continuidade ao ano letivo, porém, os especialistas alertam sobre o uso necessário das telas dos computadores, tabletes e celulares. A internet e sua estabilidade também afetam a qualidade do estudo.
A consequência é ainda pior quando falamos das desigualdades sociais e riscos importantes para os grupos mais vulneráveis, que só agravam sua situação na ausência das escolas em suas vidas. Para que o método fosse, de fato eficaz, professores e alunos necessitariam de capacitação, o que efetivamente não aconteceu, conforme citado nas análises.
Diante desse cenário preocupante e os aspectos epidemiológicos, em que crianças e adolescentes representam menos do que 1% da mortalidade e respondem por 2-3% do total das internações, pois a maioria das crianças tem quadro leve ou assintomático, a Sociedade Brasileira de Pediatria afirma que ambientes pedagógicos devem ser definidos como serviços essenciais, seguindo o exemplo de países europeus em que as escolas foram as últimas a fecharem e as primeiras à retomarem as atividades.
O documento cita que o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) mencionou recentemente que menos de 5% dos casos de Covid-19 relatados na União Europeia (UE), Espaço Econômico Europeu (EEE) e Reino Unido são entre crianças e jovens com menos de 18 anos de idade e, quando diagnosticados com Covid-19, têm riscos muito menores de serem hospitalizados ou irem a óbito.
Depois do longo período fechadas, a SBBP considera injustificável perder-se mais tempo para melhoria das condições estruturais e de processos para reabrir as unidades escolares, principalmente as públicas. Entretanto, as atividades escolares devem retornar com a garantia das condições adequadas, seguindo protocolos da vigilância em saúde, com monitoramento de casos e contatos.
Veja as principais recomendações dos pediatras para um retorno ao ambiente escolar de forma saudável:
– Retorno escalonado dos estudantes e profissionais com planejamento de um sistema híbrido de ensino, com parte dos alunos e dos professores mantendo as atividades remotas, enquanto a outra parte recebe aulas e atividades presenciais.
Pode haver revezamento de estudantes, tendo aulas presenciais em alguns dias da semana e remotas em outros.
– Planejamento atividades que favoreçam acolhimento emocional e observação do comportamento que os professores tenham treinamento para reconhecer e encaminhar de forma precoce crianças com risco de sofrimento psíquico ou com transtornos da saúde física e mental e que sejam definidas equipes de suporte psicológico.
– Controle do fluxo de entrada e saída de alunos, familiares e profissionais, para evitar aglomeração nesses espaços.
– Horário diferenciado para cada turma.
– Fazer exercícios práticos de como e quando lavar as mãos de forma correta com os alunos de modo periódico.
– Sanitização dos ambientes
– Uso de máscaras
– Aferição da temperatura corporal na entrada
– Planejamento do uso de transporte escolar, seguindo as recomendações de distanciamento e higienização.
– Planejamento atividades que favoreçam acolhimento emocional e observação do comportamento que os professores tenham treinamento para reconhecer e encaminhar de forma precoce crianças com risco de sofrimento psíquico ou com transtornos da saúde física e mental e que sejam definidas equipes de suporte psicológico.
– Controle do fluxo de entrada e saída de alunos, familiares e profissionais, para evitar aglomeração nesses espaços.
– Horário diferenciado para cada turma.
– Fazer exercícios práticos de como e quando lavar as mãos de forma correta com os alunos de modo periódico.
– Sanitização dos ambientes
– Uso de máscaras
– Aferição da temperatura corporal na entrada
– Planejamento do uso de transporte escolar, seguindo as recomendações de distanciamento e higienização.
COM: SECOM