A CBS e o IBS, que substituíram tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS, foram unificados em uma alíquota combinada que pode chegar a 26,5% sobre o consumo. Para os proprietários de imóveis, especialmente aqueles com múltiplos ativos, essa reforma trouxe mudanças significativas:
- Venda de Imóveis: Empresas que vendem imóveis, como incorporadoras e construtoras, agora enfrentam uma alíquota efetiva de 15,9% sobre o lucro das vendas e este aumento é significativo, considerando que a carga tributária anterior variava de 6,4% a 8%.
- Locação de Imóveis: A tributação prevê uma taxa de 10,6%, no entanto, representantes do setor imobiliário argumentam que a carga tributária dobra em comparação com a situação anterior.
Impacto no Mercado Imobiliário: O setor imobiliário tem expressado preocupação com os potenciais efeitos dessa reforma e defendem que a carga tributária vai levar a um aumento nos preços dos imóveis e aluguéis, afetando diretamente o consumidor final.
Reações e Desafios:
A reforma foi recebida com resistência por alguns setores, que alegam uma possível desaceleração nos investimentos imobiliários devido ao aumento dos custos operacionais. O presidente da Abrainc, Luiz França, em nota oficial, afirmou que "qualquer aumento na carga tributária pode resultar em desestímulo a novos investimentos, impactando diretamente os consumidores finais, que enfrentarão preços mais altos para comprar ou alugar imóveis."
O governo, por outro lado, defende que a reforma visa simplificar o sistema tributário, tornando-o mais transparente e justo, e que os redutores foram implementados para equilibrar a carga fiscal. O Ministério da Fazenda argumenta que a nova estrutura tributária permitirá a recuperação de créditos fiscais, potencialmente reduzindo custos em outras áreas.
Fonte: Extra