Informamos o ocorrido com a paciente S. M. A., aos 12-10-19:
A paciente em questão deu entrada na Unidade as
17h24min, com o quadro de cefaléia,
febre, vômito, e erupções cutâneas
em membros inferiores, desde o dia 11-10-19. A mesma foi atendida pelo Médico
Plantonista, onde foi solicitado exames laboratoriais e hidratação com solução fisiológica, sendo medicada as
17h50min e permanecendo em observação do setor de medicação.
As 19h10min a paciente apresentou confusão mental
e surto de agressividade, onde foi encaminhada para Sala de Emergência.
Paciente agitada, com hipetermia, dispneica, acianótica, anictérica, com prurido em membros inferiores
sendo solicitado a avaliação do Médico Plantonista, as 19h45min, onde o mesmo
solicitou a instalação de monitorização multiparametrica, O2, RX, tomografia de crânio e mais
exames laboratoriais e internação.
A paciente foi cadastrada no SUSFÁCIL sob o nº
402314286.
As 20h40min a paciente evoluiu com rebaixamento
do nível de consciência,
Escala de Glasgow 9/15, anisocoria com midríase esquerda fotorreagente,
realizado intubação orotraqueal e punção lombar para coleta de líquor. Hipótese Diagnóstica: Sepse? Encefalite? Meningite?
As 21h20min a paciente evoluiu com PCR, realizado
RCP sem sucesso. As 22h foi constatado óbito.
A paciente em questão foi atendida de imediato na
Unidade, ou seja, ela deu entrada as 17h24min e as 17h50min, já havia passado
pelo atendimento médico e
estava sendo medicada.
Assim que a paciente apresentou alteração no seu
quadro clínico, foi encaminhada diretamente para a Sala de Emergência,
recebendo assim todo atendimento necessário.
Segundo informações colhidas do marido da
paciente, no dia 11-10-19, ela queixou-se de febre, cefaléia intensa e dor para urinar. Desde então começou a tomar Paracetamol de 2
em 2 horas. A paciente apresentou resistência para ser removida para o serviço
de saúde, porém, seu marido chegou na residência
por volta das 16h do dia 12-12-19 e observou inúmeras petéquias nos membros inferiores, convencendo
a mesma a vir passar por atendimento nesta Unidade. A demora da ida a UPA foi o fator
preponderante de um desfecho desfavorável.
Em
nenhum momento houve negligência ou imperícia ou imprudência sobre o caso.
Deve-se ressaltar que a paciente chegou em estado grave na UPA.
Ainda para se contrair a doença, não
basta estar perto da pessoa, necessariamente deve haver o mínimo de convívio
com o paciente fonte e principalmente
com a secreção salivar através de gotículas. Higiene adequada como lavar as
mãos antes e após qualquer atividade, manter ambiente bem ventilado podem
evitar o contágio.
As vacinas para meningite são
aplicadas mediante o cartão de vacinação do SUS no 3º, 6º e 12º
mês de vida.
Os profissionais da Unidade envolvidos no
atendimento direto com a paciente em questão, foram medicados, conforme
protocolo de meningite.