Getty Images
Para quem ainda não ouviu falar, a acrilamida é um composto que surge a partir da degradação do carboidrato e dos aminoácidos devido às altas temperaturas a que são expostos — normalmente acima de 120 graus.
Seja por meio do consumo daquela batata frita tostadinha ou até do pão que passou do ponto na torradeira, as orientações seriam para evitar, ao máximo, esse tipo de alimento. A justificativa reside nos riscos de formação de câncer, já que alimentos queimados podem ser classificados como um provável carcinogênico, ou seja, com potencial para formar câncer.
É válido lembrar que a formação da acrilamida independe da air fryer. Ela é produzida por meio de métodos de preparo como fritar, assar, torrar e tostar. Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, a acrilamida é convertida em um composto chamado glicidamida, responsável por mutações e danos ao DNA.
Contudo, é necessário ter em mente que, apesar de grande parte dos órgãos mundiais de saúde orientarem sobre os riscos da acrilamida, ainda não foi constatado que a ingestão dessa substância justifique o surgimento do câncer.
A acrilamida pertence ao grupo 2A, classificada como “carcinógenos prováveis” com base em estudos em animais de laboratório que receberam acrilamida na água potável. No entanto, estudos toxicológicos revelaram que os seres humanos e os roedores não só absorvem a acrilamida em taxas diferentes, como também a metabolizam diferente.
Inclusive, um estudo recente, envolvendo mais de um milhão de indivíduos, colocou essa questão em xeque. De acordo com a pesquisa, a acrilamida da comida não ofereceria risco para o surgimento de câncer.
Mas se ainda assim você não estiver convencido, o máximo que você precisa fazer é evitar a ingestão de alimentos queimados, o que não parece ser nenhum sacrifício.
No mais, é válido lembrar que a air fryer, por si só, não é responsável pela formação do componente, mas sim a exposição às temperaturas altas.
Fonte: Metrópoles