"No caso do Drex, estamos recebendo auxílio de várias empresas, como Microsoft e Parfin, mas estabelecer esses contratos é bastante complicado, pois a máquina pública não está preparada para esse tipo de gestão moderna", explicou Campos Neto.
A questão da autonomia do BC está em discussão na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 65/2023, apresentada pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) em novembro do ano passado. Esse tema reaviva o embate entre o governo do presidente Lula e o BC, uma vez que Lula e o PT não parecem favoráveis à ideia.
Se a PEC for aprovada, o BC se tornará uma instituição de natureza especial com autonomia técnica, operacional, administrativa, orçamentária e financeira. Isso implica gerir um orçamento anual de R$ 4,14 bilhões, sendo R$ 3,56 bilhões destinados a despesas com pessoal e encargos sociais.
Sob o modelo proposto, o banco estaria livre da subordinação hierárquica ao governo, com supervisão a cargo do Congresso Nacional, algo que causa grande desconforto no Palácio do Planalto.