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A inflação no Brasil encerrou 2023 em 4,62%, conforme o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medidor oficial. Em fevereiro, o indicador voltou a acelerar e ficou em 0,83%, uma alta de 0,41 ponto percentual em relação a janeiro, quando variou 0,42%.
A avaliação considerou que a taxa Selic é o principal instrumento da política monetária para determinar a inflação em uma economia. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas opções de investimento pelas famílias.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa do 10º Brazil Investment Forum, organizado pelo Bradesco BBI, em São Paulo.
Ele reiterou que o processo de desinflação foi puxado pelos preços de alimentos e energia, destacando o fato de este processo ter ocorrido em um cenário de pleno emprego.
Campos Neto ponderou que ao analisar a inflação global, há uma figura mais complicada dos núcleos de inflação na ponta. Os núcleos em alguns países ainda caem, mas em uma velocidade menor. Em outros, porém, estacionaram, e em alguns voltaram a subir um pouco.
O presidente do BC pontuou que um estudo realizado nos Estados Unidos indica não haver relação entre as variáveis no país no momento atual, mas disse que a realidade no mercado emergente pode ser diferente.
A declaração de Campos Neto ocorre duas semanas após o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidir reduzir a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, de 11,25% ao ano para 10,75%. Foi o sexto corte seguido, acompanhando a sequência de quedas iniciada em agosto de 2023.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira (3) que a inflação e os núcleos estão caindo em boa parte dos países emergentes, mas ponderou que em alguns já há elevação da inflação de serviços. "Alguns bancos centrais estão tentando entender se há relação entre mão de obra apertada e os preços de serviços", acrescentou.