Um ramo excêntrico e crescente do campo do coaching executivo e de vida, avaliado em cerca de 5 milhões de dólares (aproximadamente 24 milhões de reais), está emergindo com a proposta de ajudar empresários a otimizarem seu desempenho através do uso de drogas alucinógenas. Entre os entusiastas dessa prática, destacam-se figuras como Paul Austin, fundador da Third Wave, que oferece cursos de microdosagem por valores que chegam a até 14 mil dólares (cerca de 69 mil reais) para certificar guias psicodélicos.
O uso de substâncias como Adderall, cafeína e estimulantes tradicionais sempre foi associado à melhoria da produtividade, mas com o avanço da inteligência artificial, essa abordagem está perdendo espaço. Agora, os psicodélicos, como a psilocibina (presente nos cogumelos mágicos) e o MDMA (ou ecstasy), estão sendo promovidos como uma alternativa para estimular o pensamento criativo e divergente, habilidades cada vez mais valorizadas no ambiente de trabalho contemporâneo.
No entanto, essa tendência não está isenta de controvérsias. Novas preocupações surgem sobre a credibilidade da pesquisa científica em torno das substâncias psicodélicas e os potenciais efeitos do uso diurno no local de trabalho. Além disso, o uso dessas drogas apresenta riscos significativos, como distorções perceptivas duradouras e uma sensação de distanciamento da realidade, de acordo com o Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas.
Apesar dos riscos, o otimismo em relação aos benefícios das drogas psicodélicas está crescendo em alguns setores, especialmente entre diretores, empresários e executivos ambiciosos. Figuras proeminentes, como Elon Musk e Sergey Brin, trouxeram nova atenção para o tema com seu suposto uso dessas substâncias.
No entanto, especialistas advertem sobre os perigos potenciais dessa prática, alertando que o uso de psicodélicos pode tornar as pessoas mais vulneráveis e sugestionáveis, levando a decisões precipitadas e mudanças drásticas no estilo de vida. Diante desses desafios, é essencial exercer cautela e ética ao explorar o uso de drogas psicodélicas para aprimoramento profissional, sempre considerando os riscos e as potenciais consequências.
Com informações do jornal O Globo e Bloomberg.