Ibituruna significa 'Serra Negra' e, para Martius, 'Nuvem Negra'. Em 1962, Ibituruna é emancipada, passando à categoria de município que ocupa uma área de 153,106 Km² estando distante da capital Belo Horizonte 222 Km. A altitude na área central da cidade é de 865.74 m.
A palavra Ibituruna tem origem indígena 'Tupi-Guarani', e significa 'Serra Negra', ou 'Pedra Negra' como é conhecido o Pico da Ibituruna.
Conhecida como 'Berço da Pátria Mineira', foi o primeiro povoado fundado em Minas Gerais, em 1674, pelo bandeirante Fernão Dias Paes Leme. Este, ao transpor o rio Grande, estabelece o arraial, deixando no local um marco (pedra que marcava a sesmaria) até hoje existente e muito visitado pelos turistas.
O Município faz parte do Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes.
Aqui, a descrição do' Ibituruna' por Carl Friedrich Philipp von Martius e trechos do livro “Reise in Brasilien”, composto por três volumes e publicado entre os anos de 1823 e 1831.
Ibituruna é uma palavra de origem tupi que significa “Serra negra”, que é
a junção dos termos “ybytyra”, que é “serra/montanha” e “um”,
“negro/preto”.
Conhecida como “Berço da Pátria Mineira”, foi o primeiro povoado fundado
em Minas Gerais, em 1674, pelo bandeirante Fernão Dias Paes Leme, que
ao transpor o Rio Grande, estabeleceu um arraial, deixando no local um
marco, pedra que marcava a sesmaria, até hoje existente e muito visitado
pelos turistas. Segundo Diogo de Vasconcelos, Ibituruna significa
“Serra Negra” e para Carl Friedrich Philipp von Martius, “Nuvem Negra”.
Em 1962, Ibituruna foi emancipada, passando à categoria de município.
Carl Friedrich Philipp von Martius
Chegou ao Brasil em 1817 fazendo parte da comitiva da grã-duquesa
austríaca Maria Leopoldina, que viajava para o Brasil para casar-se com
Dom Pedro I. Acompanhado do cientista Johann Baptist Von Spix, que viveu
entre 1781 e 1826 e que recebeu da Academia de Ciências da Baviera o
encargo de pesquisar as províncias mais importantes do Brasil e formar
coleções botânicas, zoológicas e mineralógicas, apesar da posição de
outros naturalistas, que consideravam a viagem perigosa. Auxiliados por
nativos e tropeiros, partiram do Rio de Janeiro em dezembro de 1817 rumo
ao norte do país, passando por São Paulo, Minas Gerais, Goiás e pela
Bahia.
Ao chegarem em Salvador em novembro do ano seguinte, despacham o material até então coletado e iniciam nova etapa da jornada. Nos quatro meses seguintes concluem a travessia dos inóspitos sertões de Pernambuco, Piauí e Maranhão. Após percorrerem milhares de quilômetros, sob chuvas torrenciais, seca, sede, calor e doenças, passam alguns meses em São Luís recuperando-se do grande desgaste psicológico e físico. O mês julho de 1819 foi marcado pelo início da exploração da bacia do Amazonas que durou aproximadamente oito meses. Seguiram o rio Amazonas até alcançarem a atual fronteira com a Colômbia. Devido à doença do cientista Johann von Spix, o retorno da expedição foi antecipado e em 1820 retornaram à Alemanha. Seis anos depois da chegada à Alemanha, Spix falece por uma doença tropical contraída durante a expedição no Brasil.
O livro “Reise in Brasilien”, composto por três volumes, foi publicado entre os anos de 1823 e 1831. Ele contém desenhos, estampas e mapas revelando informações interessantes do Brasil. Os desenhos feitos por Martius e Spix não só retratam a fauna e a flora, mas também as paisagens, o cotidiano do país e a viagem realizada pelos dois cientistas.
A “Flora Brasiliensis” foi a obra de maior importância feita por Martius, que tinha o objetivo de documentar e sistematizar todas as espécies de plantas brasileiras estudadas e também sua utilização medicinal, comercial e econômica. Carl von Martius não presenciou a conclusão de sua obra que fora sintetizada em 40 volumes, contendo mais de 22.000 espécies de plantas. Após sua morte, cientistas de outras nacionalidades ajudaram a concluir a obra que foi finalizada em 66 anos. A obra “Viagem pelo Brasil” descreve detalhadamente os costumes e características de diferentes tribos brasileiras, também descrevendo as línguas usadas por cada tribo. Martius faz uma tentativa de classificar as diferentes tribos colocando os nossos nativos em uma posição inferior ao homem europeu. As opiniões de Von Martius e os preconceitos nelas encontrados são fruto do século XIX, uma época na qual ideias de eugenia predominavam no mundo civilizado.
Desde o período colonial, é possível encontrar escritos que foram chamados de “Histórias do Brasil”, tais como relatos de administradores, missionários e viajantes que registraram os fatos ocorridos e observações sobre a vida e os costumes dos habitantes do Brasil entre os séculos XVI ao XVIII. A preocupação com uma história que tomasse a ideia de um passado nacional é engendrada de maneira pontual com o surgimento político do Brasil independente.
A partir da criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1838, é que se percebe mais claramente a preocupação por parte da elite letrada e política com o projeto de formular uma história do Brasil, mas é somente na década seguinte que se acentuam as questões referentes à formulação de uma história pátria. No momento que os Governantes brasileiros buscavam consolidar o Estado Brasileiro, a História do Brasil era crucial para os brasileiros se conhecerem e para buscar esse conhecimento, o secretário do IHGB, Januário da Cunha Barbosa, propôs uma premiação para quem respondesse sobre qual o melhor sistema para escrever a “História do Brasil”. O ganhador do concurso foi von Martius, que propôs uma “História do Brasil” que fosse ao mesmo tempo “Filosófica e Pragmática”, tendo como eixo a formação de seu povo, incluindo nesta formação a “mescla das raças”.
A monografia de von Martius intitulada “Como se deve escrever a História do Brasil” aparece inserida numa preocupação com uma história que tomasse a ideia de um passado nacional, comum a todos os brasileiros, que teve início com o surgimento político do Brasil independente.
Sua contribuição foi tão importante para o conhecimento da flora brasileira, que von Martius foi homenageado como um nome de rua, no bairro do Jardim Botânico, na cidade do Rio de Janeiro.
COM: PORTAL MG/PREF. IBITURUNA